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IFMS Transparente

IFMS contribui para difusão da ciência e tecnologia no estado

Número de trabalhos apresentados em feiras aumentou 18,5% no ano passado. Ampliadas também as quantidades de bolsas e de registros de propriedade intelectual, aponta Relatório de Gestão 2018.
por Cleyton Lutz publicado: 18/07/2019 10h58 última modificação: 19/07/2019 08h19

No ano passado, o Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS) registou a apresentação de 798 trabalhos nas Feiras de Ciência e Tecnologia realizadas nos dez municípios onde a instituição tem campus. O número é 18,5% maior com relação ao de 2017, conforme dados do Relatório de Gestão 2018

As feiras reúnem estudantes de ensino fundamental, médio e técnico integrado, da rede pública e privada, de Aquidauana, Campo Grande, Corumbá, Coxim, Dourados, Jardim, Naviraí, Nova Andradina, Ponta Porã e Três Lagoas, além dos municípios que fazem parte das áreas de abrangência dos campi, contemplando todo o estado. 

Promovidas como parte das atividades da Semana de Ciência e Tecnologia, evento realizado anualmente de forma simultânea nos dez campi, as feiras visam promover junto aos estudantes e à sociedade a popularização da ciência e da tecnologia, uma das finalidades do IFMS. 

"Quando uma escola participa pela primeira vez da feira científica do IFMS, cria-se a cultura e o evento já passa a fazer parte do calendário dela”, comenta o pró-reitor de Pesquisa, Inovação e Pós-Graduação, Marco Naka. 

Em seis campi, a quantidade de trabalhos apresentados em 2018 foi ampliada. O maior aumento ocorreu em Campo Grande, com 48 trabalhos científicos apresentados a mais com relação ao ano anterior. Em Jardim, o número quase dobrou, passando de 34 a 63. 

Para o pró-reitor de Pesquisa, Inovação e Pós-Graduação, Marco Naka, o aumento do número de projetos nas feiras é resultado de um trabalho feito para consolidar a cultura de participação em eventos científicos.

"A procura está se tornando uma tradição nos nossos campi. O trabalho de divulgação tem sido mantido ao longo dos anos. Portanto, quando uma escola participa pela primeira vez, cria-se essa cultura e a feira já passa a fazer parte do calendário dela”, comenta Naka. 

Feiras de Ciência e Tecnologia do IFMS: comparação 2017-2018

Premiação – As feiras do IFMS premiam trabalhos nas categorias níveis médio/técnico integrado e nível fundamental, além dos melhores pôster/banner, maquete/protótipo, apresentação oral, relatório, e projeto na categoria nível médio/técnico. Também são premiados projetos de acordo com as diferentes áreas do conhecimento.

Em 2018, os estudantes do Instituto Federal foram responsáveis por 396 trabalhos apresentados, quase a metade do total. Desse total, 64,7% foram premiados.

“Esse dado revela o nível de qualidade dos nossos trabalhos. Nós não estamos apenas produzindo em quantidade, mas também em qualidade. A quantidade talvez não seja algo difícil de se alcançar, devido ao nosso número de estudantes, professores e campi, mas qualidade é algo muito importante”, ressalta Naka. 

Taxa de premiação entre estudantes do IFMS

Nas feiras, estudantes do IFMS também obtiveram credenciamento para participar de eventos internacionais, nacionais e estaduais como a International Science and Engineering Fair (ISEF), Feira Brasileira de Ciências e Engenharias (Febrace), Feira de Tecnologias, Engenharias e Ciências de MS (FetecMS) e Mostra Brasileira de Ciência e Tecnologias (Mostratec).

Incentivo – No ano passado, o IFMS investiu R$ 1,1 milhão em pesquisa, inovação, empreendedorismo e pós-graduação. A maior parte dos recursos se destinou ao custeio das pesquisas, seguido por bolsas e auxílios. 

Distribuição de recursos para pesquisa

O custeio se refere aos recursos destinados à compra de materiais para auxiliar nas pesquisas. Já os auxílios propiciam a participação de estudantes e docentes em atividades pontuais para apresentação de resultados ou em eventos que possam aprimorar o conhecimento técnico e científico.  

As bolsas, por sua vez, incluem grande parte das cotas destinadas à pesquisa. Por meio de editais de iniciação científica e tecnológica, foram ofertadas 438 bolsas durante o ano passado. 

O montante investido soma R$ 515,5 mil, sendo R$ 195,8 mil oriundos do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). As demais bolsas foram ofertadas em editais que buscam parcerias com os setores produtivos e indutores de ações de empreendedorismo. 

Por meio do edital de iniciação científica e tecnológica nº 027/2018, houve a concessão de 104 bolsas, com recursos do IFMS, e 124 bolsas via CNPq. O número de bolsas concedidas via CNPq foi quase 17% maior do que em 2017. 

Os estudantes bolsistas participam de programas para o Ensino Médio (Pibic-EM), Iniciação Científica (Pibic), Iniciação Científica nas Ações Afirmativas (Pibic-AF) e Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (Pibiti). 

Como bolsistas da iniciação científica, os estudantes ficam maior tempo no ambiente de ensino e pesquisa, onde participam de grupos de pesquisa, elaboram e desenvolvem projetos, e têm a possibilidade de aumentar a autonomia no desenvolvimento de soluções para os problemas da comunidade. 

Ciências Exatas e da Terra foi a área do conhecimento com o maior número de projetos de pesquisa no IFMS em 2018. “Dentro dessa área, está inserida a informática. Os dez campi possuem cursos técnicos integrados na área e alguns têm também cursos de graduação, o que acaba sendo um indicativo do nosso público”, explica o pró-reitor. 

Distribuição de projetos de pesquisa por áreas

Dos estudantes do IFMS que participaram do processo seletivo para a concessão de bolsas de iniciação científica e tecnológica em 2018, 42,5% foram contemplados. Os que não foram, puderam realizar pesquisa como voluntários.

“Não atendemos a totalidade da demanda porque há mais projetos sendo submetidos do que bolsa e custeio a ser concedido. Até alguns atrás era o inverso, tínhamos mais recursos do que projetos. Entre 2015 e 2016, essa curva se inverteu, por isso temos tentado, gradativamente, aumentar o número de bolsas”, destaca Naka. 

Propriedade intelectual – Por meio do Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT), o IFMS também é responsável por intermediar o processo de proteção do conhecimento produzido por estudantes e docentes da instituição junto ao Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI).

Em 2018, o IFMS intermediou 15 proteções de propriedade intelectual, 13 a mais do que no ano anterior. A maioria dos pedidos é relacionada ao registro de software, 13 no total. A instituição ainda obteve o registro de uma proteção industrial e de um modelo de utilidade.

Proteções de softwares realizadas pelo NIT



O diretor de Empreendedorismo e Inovação, Matheus Neivock, ressalta que os números são resultado de um trabalho de sensibilização feito junto a estudantes, servidores e comunidade externa.

“Informações sobre a importância e os benefícios da proteção do conhecimento são divulgadas em ações como capacitações, sensibilizações e também por meio dos multiplicadores que temos nos campi. Nós mostramos que existe essa vertente a ser explorada, que é igual ou até mais simples do que escrever um artigo científico", explica o diretor.

Pesquisa – O IFMS fomenta a pesquisa como princípio pedagógico, sendo um dos pilares da atividade acadêmica em todos os níveis e modalidades dos cursos ofertados.

Na instituição, o estudante tem a oportunidade de conhecer o universo da pesquisa aplicada e da inovação tecnológica, ampliando o conhecimento e contribuindo com o desenvolvimento local e regional.

As atividades de pesquisa no âmbito do IFMS compreendem:

  • fomento à iniciação científica e tecnológica;
  • ações de empreendedorismo inovador;
  • proteção do conhecimento e transferência de tecnologia;
  • oferta de pós-graduação.

O impacto dessas atividades vai além do desenvolvimento técnico e pessoal dos estudantes, podendo ser notado pela sociedade, seja no desenvolvimento de soluções para as demandas sociais (problemas com água, esgoto, infraestrutura, alimentos e outros) ou na formação de profissionais com pensamento sustentável, capaz de contribuir efetivamente para o bom crescimento e desenvolvimento do país. 

Em âmbito institucional, o planejamento, fomento, execução e superintendência das políticas e as diretrizes de pesquisa, inovação tecnológica e pós-graduação, bem como ações de intercâmbio com instituições e empresas, integradas ao ensino e à extensão, competem a Pró-Reitoria de Pesquisa, Inovação e Pós-Graduação (Propi). 

Relatório de Gestão - Com o objetivo é facilitar a compreensão dos conceitos aplicados no processo de prestação de contas e o acesso do cidadão aos resultados alcançados, a edição 2018 do Relatório de Gestão foi elaborada com base no modelo de relato integrado, proposto pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

Nesse novo formato, o documento possui foco nos resultados alcançados pela instituição e na análise crítica dos dados.

O projeto gráfico também foi reformulado. A maior parte dos dados está disponibilizada em gráficos e tabelas, o que melhora a compreensão geral do documento.

IFMS Transparente - Os dados que constam no Relatório de Gestão 2018 estão sendo apresentados de forma detalhada em reportagens publicadas no site do IFMS.

A primeira reportagem da série "IFMS Transparente" abordou o ensino e destacou a ampliação do atendimento a estudantes de baixa renda.

aumento do número de acordos de cooperação técnica e de parcerias para oferta de estágio aos estudantes foi o destaque da reportagem que detalhou os indicadores da extensão.

A reportagem sobre execução orçamentária destacou que, em 2018, o IFMS executou 99,9% do orçamento previsto na Lei Orçamentária Anual (LOA).

Até o final deste mês, estão previstas reportagens sobre os indicadores das áreas de gestão de pessoas e de desenvolvimento institucional.