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Febrace 2019

Pesquisas da área de Alimentos são finalistas na maior feira do país

IFMS participa da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace), entre os dias 19 e 21 de março, em São Paulo, com 14 projetos de pesquisa.
por Osvaldo Sato publicado: 15/03/2019 10h37 última modificação: 22/04/2019 08h43

Cada refeição posta à mesa pode conter muito mais ciência do que se imagina. Essa é uma das constatações ao se conhecer pesquisas desenvolvidas no Campus Coxim do Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS). Dois projetos estão classificados para a edição 2019 da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace), que será realizada entre 19 e 21 de março, em São Paulo.

Dentre os objetivos dos trabalhos, está o de investigar o potencial de alimentos que, na maioria das vezes, é desconhecido entre a população.

É o que demonstra o projeto desenvolvido pelo estudante Vinicius Carneiro. Com o “Estudo das propriedades nutricionais e antioxidantes do fruto de ivapovó (melicoccus lepidopetalus)", são avaliadas as propriedades da fruta, típica do Pantanal, mas pouco conhecida em áreas urbanas.

“O ivapovó é consumido pela população em nossa região, mas praticamente não há registros na literatura sobre suas características e potencialidades. Verificamos que ele possui importantes características antioxidantes”, destacou o estudante Vinicius.

Buscando um tema inédito, o estudante desenvolveu a pesquisa orientado pela professora Angela Kwiatkowski.

“O ivapovó é consumido pela população em nossa região, mas praticamente não há registros na literatura sobre suas características e potencialidades. Verificamos que ele possui importantes características antioxidantes, tanto na polpa como na semente”, destacou o estudante.

Confira no vídeo mais explicações sobre o projeto e as expectativas do Vinícius para a Febrace:

Outra pesquisa da área que será apresentada na Febrace é o “Uso da bioimpedância elétrica para avaliar a qualidade dos alimentos”, inicialmente desenvolvida pelos estudantes Paulo Melo, Sandy Pacheco e Sindy Dantas. Atualmente, apenas o primeiro segue no projeto, orientado pelo professor Davi Oliveira. 

“Minha expectativa para a Febrace é muito boa e confio no potencial do nosso projeto mas também estou animado com a possibilidade de participar de um evento científico deste porte, onde poderei conhecer mais sobre a pesquisa em geral, ressaltou o estudante Paulo”.

“Submetemos a banana à análise por três dias e verificamos que a resistência da fruta à corrente elétrica aumentava com o passar do tempo, considerando sua perda de água. Participar deste projeto foi muito bacana pois pude aprofundar muitos conceitos da Física, e me surpreendi ao conhecer como as diversas áreas do conhecimento podem se relacionar, como a de Física e a de Alimentos”, explicou o estudante.

As expectativas Paulo para a Febrace são grandes.

“Minha expectativa é muito boa e confio no potencial do nosso projeto, mas também estou animado com a possibilidade de participar de um evento científico deste porte, o maior do país, onde poderei conhecer mais sobre a pesquisa em geral”, ressaltou o estudante.

No vídeo abaixo, Paulo explica mais detalhes sobre o projeto:

A destacada atuação do Campus Coxim com pesquisas da área se deve à oferta do curso técnico integrado em Alimentos e, ainda, à possibilidade de verticalização na formação do estudante, com o curso superior de Tecnologia em Alimentos.

Potencial de insetos - Outra pesquisa de Coxim que será apresentada na Febrace 2019 é “Avaliação do potencial antibiótico de espécies de baratas periplaneta americana e gromphadorhina portentosam", das estudantes Gabriela Talevi, Meline Pinheiro e Samara Oliveira.

“Nossa hipótese é a de que baratas que vivem em ambientes poluídos possam criar resistência a microrganismos patogênicos”, explicou Gabriela.

Outros projetos desenvolvidos no campus já apresentaram as propriedades nutricionais do inseto e propuseram, ainda, diversas formas de preparo para consumo, como bolos e shakes. Agora, a barata está sendo estudada quanto ao potencial para inibir a presença de bactérias.

Também sob orientação da professora Angela Kwiatkowski, são pesquisadas duas espécies de baratas para um estudo comparativo. “Nossa hipótese é a de que baratas que vivem em ambientes poluídos possam criar resistência a microrganismos patogênicos”, explicou Gabriela.

O vídeo gravado pelas três estudantes traz mais informações sobre a pesquisa e sobre a expectativa para a Febrace:

Participação do IFMS -  Ao todo, 14 projetos do IFMS que serão apresentados na Febrace, que é considerada a maior feira de ciências para estudantes de nível médio no país.

A série de reportagens #partiuFebrace2019 mostra um pouco mais sobre os trabalhos. 

A primeira reportagem apresentou quatro pesquisas da área de tecnologia que podem ajudar pessoas, salvar vidas ou facilitar o trabalho de profissionais em diversas áreas.

A segunda mostrou trabalhos na área de inclusão, com temas como linguagens, preconceito e saberes indígenas.

Além dos projetos de pesquisa do IFMS, outros 11 de diversas instituições de ensino públicas e privadas irão representar Mato Grosso do Sul no evento.

Febrace Com 12 prêmios conquistados no ano passado, o IFMS passou a acumular 88 premiações em sete anos consecutivos de participação no evento.

A mostra brasileira de projetos pré-universitários reúne trabalhos de estudantes dos ensinos fundamental, médio e técnico de escolas públicas e privadas de todo o país.

O evento é realizado desde 2003 pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), com o objetivo de aproximar estudantes de nível médio da realidade das universidades, estimulando assim a pesquisa científica.

Além de premiar os melhores projetos, a Febrace credencia trabalhos para participação em eventos internacionais, como a Intel ISEF (Feira Internacional de Ciências e Engenharia), realizada anualmente nos Estados Unidos.

Mais informações estão disponíveis na página oficial da Febrace.