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Pesquisa e Inovação

Estudante apresenta prótese sensível em feira nos EUA

Luiz Fernando Borges, do Campus Aquidauana, vai apresentar o projeto que busca devolver às pessoas que sofreram a perda de algum membro do corpo a capacidade de movimento e as sensações táteis ligadas a ele.
publicado: 03/05/2016 17h50 última modificação: 28/08/2017 13h24
Exibir carrossel de imagens O protótipo simula o uso da prótese robótica - Foto: Arquivo Pessoal

O protótipo simula o uso da prótese robótica - Foto: Arquivo Pessoal

O Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS) estará representado na edição 2016 da Intel ISEF (Feira Internacional de Ciências e Engenharia), evento que será realizado em Phoenix, Arizona (EUA), entre os dias 8 e 13 de maio.

O estudante do último semestre do curso técnico integrado em Informática, Luiz Fernando Borges, do Campus Aquidauana, vai apresentar o projeto “Prendendo fantasmas em robôs: um novo método de controle e design para próteses mioelétricas transradiais e rearranjo neuronal do Mapa de Penfield para feedback tátil”.

Nos cinco dias do evento, são esperados cerca de 1.700 estudantes de nível médio de mais de 75 países. Este ano, os prêmios distribuídos somam U$ 4 milhões e também incluem bolsas de estudo.

classificação para o evento foi obtida durante a participação do IFMS na Feira Brasileira de Ciências e Engenharias (Febrace), em março deste ano. Parte da viagem aos Estados Unidos também é custeada pela Pró-Reitoria de Pesquisa, Inovação e Pós-Graduação (Propi), por meio da assistência estudantil.

Projeto - Devolver às pessoas que sofreram a perda de algum membro do corpo a capacidade de movimento e as sensações táteis ligadas a ele. Essa é a proposta do projeto apresentado pelo estudante do IFMS. O nome “Prendendo Fantasmas em Robôs” é uma síntese da ideia.

“O projeto todo se baseou na síndrome do membro fantasma, que acomete cerca de 70% dos amputados, fazendo com que eles ainda sintam um membro que foi perdido”, explicou Luiz.

O protótipo utiliza softwares criados para simular o membro perdido em ambiente virtual. Luiz também desenvolveu um aparelho, com elementos vibratórios de celular, que conectado ao corpo do voluntário, faz com que o amputado volte a sentir o membro perdido.

O próximo passo é o desenvolvimento de um antebraço robótico, feito com tecnologia 3D, que será apresentado pela primeira vez na feira nos Estados Unidos. “Este, por sua vez, conta com sensores de força e temperatura que captam o contato da prótese com objetos, e reproduzem o sentido do toque, com padrões vibratórios criando uma ilusão de que os estímulos estão sendo efetuados em seu membro perdido”, detalhou o estudante.

Preparação – Entre os dias 4 e 6 de maio, Luiz Fernando participa de um workshop de preparação para a Intel ISEF no escritório da Intel do Brasil, em São Paulo.

Esta é a segunda participação no evento. No ano passado, Luiz foi classificado com o trabalho "Termociclador de baixo custo" e conquistou o reconhecimento da Organização dos Estados Americanos (OEA) como um dos seis melhores projetos das Américas.

"Pela segunda vez consecutiva represento o Brasil, levando comigo o nome da minha cidade e da minha instituição de ensino, na maior feira de ciências e engenharia do mundo. Isto é apenas um reflexo do trabalho de cooperação entre professores, alunos e administração e das oportunidades que a Rede Federal de ensino nos fornece”, comemorou Luiz.

Intel – É realizada desde 1950 pela Society for Science & the Public, organização sem fins lucrativos que atua em prol da ciência.

Na edição 2015 da Intel ISEF, realizada em Pittsburgh (EUA), três projetos de pesquisa do Instituto participaram do evento e conquistaram quatro premiações, que incluem a classificação entre os 50 melhores da América Latina.

Mais informações estão disponíveis na página do evento (em inglês).