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IFMS produz equipamento de baixo custo para auxílio na intubação

Parte do videolaringoscópio tem estrutura produzida em impressoras 3D. Custo é 160 vezes menor com relação ao dos aparelhos disponíveis no mercado
por Juliana Aragão publicado: 07/05/2021 10h14 última modificação: 17/05/2021 11h18
  • Foram produzidos 20 kits com quatro videolaringosópios de tamanhos diferentes - Foto: Arquivo do Projeto

  • Videolaringoscópio produzido pelo IFMS foi entregue ao Hospital Universitário de Campo Grande - Foto: Arquivo do Projeto

  • Um dos kits foi entregue ao secretário de Saúde do Estado, Geraldo Rezende - Foto: Arquivo do Projeto

Uma equipe formada por dois professores e uma estudante do Campus Campo Grande do Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS), com o apoio de uma médica anestesiologista, desenvolveu um videolaringoscópio de baixo custo. O equipamento tem a função de facilitar o trabalho dos médicos no procedimento de intubação dos pacientes, o que tem sido realizado com frequência desde o início da pandemia do novo coronavírus.

"O laringoscópio é feito na impressora 3D. Com a câmera acoplada ao celular, têm-se um videolaringoscópio similar ao produzido pela indústria", explica Cláudia Fernandes, coordenadora do projeto.

"O diferencial do equipamento produzido pelo IFMS é que as lâminas que compõe a estrutura do laringoscópio são confeccionadas em impressoras 3D. Com a câmera acoplada ao celular, têm-se um videolaringoscópio similar aos produzidos pela indústria", explica a professora Cláudia Fernandes, coordenadora do projeto.

O custo do equipamento produzido no Instituto Federal pode ser até 160 vezes menor do que o valor dos disponíveis no mercado.

"Um videolaringoscópio pode custar até R$ 16 mil, e o nosso não sai nem por R$ 100. As únicas aquisições que precisaram ser feitas foram as dos filamentos para a produção da estrutura do laringoscópio na impressora 3D e da câmera, que fica conectada ao celular", ressalta o professor Matheus Neivock, também na equipe do projeto.

A médica anestesiologista Camila Fernandes, que ajudou na identificação do problema, bem como na busca por soluções e projetos semelhantes, destaca a eficiência e o baixo custo do videolaringoscópio produzido pelo IFMS.

"Um videolaringoscópio pode custar até R$ 16 mil, e o nosso não sai nem por R$ 100. As únicas aquisições necessárias são os filamentos da impressora 3D e a câmera", ressalta o professor Matheus Neivock

"São tão eficientes quanto os do mercado, e com um custo incrivelmente mais baixo. Os que temos atualmente disponíveis são importados, chegando ao consumidor final com preços elevadíssimos, e ainda temos dificuldades de comprar peças de reposição e ter acesso à assistência técnica", afirma.

Projeto – Foi um dos selecionados no edital de extensão nº 44/2020, de apoio à participação e formação de mulheres extensionistas nas ciências exatas, engenharias, tecnologias e computação.

Com o recurso destinado ao projeto, cerca de R$ 10 mil, foram feitas aquisições de dez filamentos, câmeras, lixas, materiais de limpeza, entre outros itens.

Ao todo, foram produzidos 20 kits, onde estão incluídos quatro tamanhos diferentes de videolaringoscópios, sendo um pediátrico e três para uso em adultos, além da câmera que deve ser conectada ao celular.

"Participar do projeto foi bom porque, além de descobrir as possibilidades com a impressora 3D, o equipamento será de grande serventia para médicos e pacientes", comentou a estudante, Maria Cristina da Silva.

Como bolsista, a estudante do 3º semestre do curso superior de tecnologia em Sistemas para Internet, Maria Cristina da Silva, 20, foi responsável por imprimir os laringoscópios em uma das três impressoras 3D utilizadas.

"Participar do projeto foi muito bom porque, além de descobrir diversas possibilidades com a impressora 3D, sei que esse equipamento será de grande serventia para os médicos e os pacientes que precisam de intubação".

Os kits já foram entregues ao Hospital Universitário de Campo Grande e aos hospitais de São Gabriel D'Oeste, Nova Alvorada do Sul e Bodoquena, e também à Secretaria Estadual de Saúde (SES), com a presença do secretário, Geraldo Rezende, e da reitora do IFMS, Elaine Cassiano.

Também estão previstas entregas à Santa Casa e ao Hospital Regional de Campo Grande, e ao Corpo de Bombeiros da Capital.