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Iniciação tecnológica

Projeto é selecionado em chamada para ensino de programação

Ações de formação se destinam a estudantes do ensino fundamental da rede pública. Projeto do IFMS será desenvolvido em Aquidauana e Anastácio
por Cleyton Lutz publicado: 29/09/2021 11h47 última modificação: 29/09/2021 11h47

Um projeto do Campus Aquidauana do Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS) está entre os 60 selecionados na chamada pública do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes), voltada à promoção da iniciação tecnológica com foco no ensino de programação aplicada.

A previsão é de que cada projeto receba pouco mais de R$ 90 mil, para investimento em infraestrutura e pagamento de bolsas. 

Foram selecionados projetos de iniciação tecnológica – das instituições que compõe a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica – destinados ao desenvolvimento de ações de formação em programação aplicada de alunos dos dois últimos anos do ensino fundamental da rede pública de ensino. 

Com prazo para a execução de 12 meses, os projetos deverão atender, no mínimo, 280 beneficiários. Além de bolsas nas modalidades coordenador, extensionista, colaborador externo e monitores (técnico e de graduação), os recursos permitirão a aquisição de equipamentos, em forma de kits. 

“A tecnologia digital está presente em quase todos os lugares do mundo. As escolas do campo e aldeias indígenas não poderiam permanecer de fora desta realidade”, ressalta a coordenadora do projeto, Márcia Cristaldo. 

Iniciação tecnológica – O projeto buscará capacitar professores e estudantes da região do Pantanal sul-mato-grossense, mais especificamente das escolas públicas dos municípios de Aquidauana e Anastácio.

O objetivo é o melhor uso das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs), como recursos pedagógicos, visando à melhoria do processo ensino-aprendizagem dos educandos e promovendo o ensino a programação. 

A região onde fica o campus do IFMS possui escolas indígenas e pantaneiras (situadas na zona rural), além das que ficam na área urbana e do próprio Instituto Federal, totalizando mais de 13 mil estudantes matriculados. 

“A tecnologia digital está presente em quase todos os lugares do mundo. As escolas do campo e aldeias indígenas não poderiam permanecer de fora desta realidade. Os jovens têm o direito de conhecer e manter contato com outras realidades e culturas além da sua. Ninguém perde a própria cultura porque começa a conhecer a do outro”, explica a coordenadora do projeto, Márcia Cristaldo, que atua como docente nos cursos de Informática do campus, no ensino técnico e na graduação. 

A equipe que participará do desenvolvimento das atividades contará ainda com os professores da unidade Leandro de Jesus e Sidney de Souza, os estudantes Rafael Castro, Rayane Falcão e Luiz Eduardo Cavalheiro, além do docente da Escola Estadual Cel. José Alves Ribeiro, Sandro de Souza. 

Atividades – O projeto será realizado junto às escolas pantaneira da Fazenda Taboco e indígena da Aldeia Limão Verde, além de outras 14 instituições de ensino que ficam na zona urbana. 

Com ênfase no ensino da lógica de programação, nas aulas serão abordados temas como cidadania digital, impactos da computação, introdução ao Arduíno e à lógica de programação, tipos de dados e funções, comandos de seleção e estruturas de controle, entre outros. 

A metodologia proposta para as aulas leva em consideração a existência ou não de laboratórios de informática nas escolas. No último caso será utilizado um modelo “desconectado” que se utilizará de lápis, papel e manipuladores físicos. A carga horária dos cursos vai de 8h a 20h, dependendo da metodologia adotada.

“Após as visitas às escolas, aplicação de questionário para levantamento das necessidades e conversas com os gestores da educação dos municípios, concluímos que os profissionais e alunos demandam uma preparação para a utilização da tecnologia de informação, que se apresenta como barreira para que os mesmos possam utilizá-la como forma de criar maneiras de ensinar e aprender”, comenta Márcia. 

A expectativa é de que sejam atendidos diretamente 360 estudantes e 20 professores, responsáveis por ministrar aulas futuramente sobre os temas abordados, replicando os conteúdos e fazendo com que o número de alunos alcançados, direta e indiretamente, passe dos 700.