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Projeto do IFMS integra programação de Feira Literária

Estudantes e professora apresentam mapeamento de escritoras de Mato Grosso do Sul em evento realizado em Bonito até domingo, 9
por Laura Silveira publicado: 05/07/2023 15h35 última modificação: 05/07/2023 16h02
  • Projeto é desenvolvido por professora e quatro estudantes do Campus Dourados - Foto: Arquivo Pessoal

  • Elas fazem um mapeamento de escritoras de MS para divulgação da literaria feminina - Foto: Arquivo Pessoal

  • O projeto recebe fomento da Fundect/MS - Foto: Arquivo Pessoal

Nesta semana, estudantes e docentes do Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS) participam da 7ª edição da Feira Literária de Bonito (FLIB). Com programação gratuita prevista até domingo, 9, o evento tem como tema ‘Literatura e Natureza: uma história para contar’, e é realizado na Praça da Liberdade do município de Bonito/MS, localizado a cerca de 300km da capital Campo Grande.

O projeto ‘Escritoras MS: um Percurso pela Escrita Feminina no Mato Grosso do Sul’, desenvolvido no Campus Dourados do Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS), será apresentado numa mesa-redonda da FLIB a partir das 14h de sexta-feira, 7, pela professora orientadora Karina Vicelli e por quatro alunas do curso técnico integrado em Informática para Internet, Edilaine Rocha, Ana Júlia Leite, Ana Laura Garcia e Maria Clara Maciel.

O trabalho é desenvolvido há um ano e recebe fomento via Programa de Iniciação Científica e Tecnológica do Estado de Mato Grosso do Sul (Pictec 2022) da Fundect/MS.

"Vai ser uma experiência incrível que me mostra que cada vez mais o IFMS e a pesquisa podem abrir portas! Espero mostrar para o público da FLIB a importância da escrita feminina no Mato Grosso do Sul”, ressalta a estudante Ana Julia.

De acordo com Karina, por meio do projeto, está sendo realizado um mapeamento de mulheres que já publicaram e publicam em Mato Grosso do Sul, ou sobre o Estado, ou que têm alguma relação de estudos ou trabalho com o MS, ou também vínculo afetivo. O objetivo é dar visibilidade à escrita feminina, tanto no que se refere a texto literário quanto científico.

“Começamos o projeto com o intuito de dar visibilidade às mulheres que publicam tanto literatura quanto ciência em Mato Grosso do Sul. Muitas vezes a gente escuta falar dos pesquisadores e escritores, mas muito pouco das escritoras e pesquisadoras. Então é uma forma de historiografar, de marcar na memória essas mulheres. Não basta só a mulher escrever, a gente precisa lutar para que elas apareçam também”, opina a orientadora.

As estudantes participantes têm a função do cadastramento das escritoras e construção de um banco de dados disponibilizado on-line para divulgação do trabalhos dessas mulheres.

“Esperamos que as estudantes se empoderem e que percebam que a escrita é uma forma de se colocar no mundo, e, principalmente, que elas se auto construam enquanto escritoras, porque elas têm que reescrever a biografia dessas mulheres enquanto atividade do projeto também”, explica.

A princípio, o projeto é quantitativo, mas a intenção é dar continuidade para que, posteriormente, seja possível fazer análise dessas obras catalogadas, além de entrevistas com as autoras.

"Pelo que vi na programação, somos as únicas estudantes como convidadas do evento, então é algo muito grande. Fico feliz de contribuir para que a história da escrita feminina sul-mato-grossense não acabe caindo no esquecimento”, afirma a estudante Edilaine.

Ana Julia Leite, 17 anos, integra a equipe do projeto desde setembro de 2022. É a primeira vez que participa da FLIB, e acredita que esse contato com as pessoas pode contribuir tanto para sua formação quanto para a pesquisa.

“Para mim, será algo novo e desafiador, no melhor sentido da palavra. Espero conhecer muitas pessoas e, principalmente, escritoras, poder conhecer e ouvir essas mulheres que foram o foco da nossa pesquisa vai ser uma experiência incrível que me mostra que cada vez mais o IFMS e a pesquisa podem abrir portas! Espero mostrar para o público da FLIB a importância da escrita feminina no Mato Grosso do Sul”, ressalta.

A estudante Edilaine Rodrigues Rocha, 18 anos, também participa da Feira pela primeira vez.

“É uma maneira de divulgar a pesquisa realizada no ensino médio e, pelo que vi na programação, nós somos as únicas estudantes como convidadas do evento, então é algo muito grande. Fico feliz de contribuir para que a história da escrita feminina sul-mato-grossense não acabe caindo no esquecimento”.

A jovem está animada para conhecer, pessoalmente, mulheres sobre as quais pesquisa.

“Acho que o mais incrível da nossa participação na FLIB é que vamos poder conhecer as mulheres que nós pesquisamos. A nossa pesquisa irá além da internet, que é nossa fonte, vamos conversar com essas escritoras, saber mais sobre as obras delas, e isso vai contribuir muito para o nosso projeto. Vai ser um momento muito bacana de integração e de contribuição para o projeto”, comemora Edilaine.

Iniciação Científica - Além de professora e orientadora do ‘Escritoras MS’, Karina Vicelli é coordenadora de Pesquisa e Inovação do Campus Dourados e vê muitos aspectos positivos de estudantes ainda no ensino médio desenvolverem pesquisas e participarem de eventos como a FLIB.

“O IFMS é a prova viva de que a iniciação científica no ensino médio e técnico funciona, e funciona muito bem, e que dá muitos frutos positivos", aponta a professora Karina Vicelli.

“O IFMS é a prova viva de que a iniciação científica no ensino médio e técnico funciona, e funciona muito bem, e que dá muitos frutos positivos. Vejo com bons olhos a participação dos estudantes nesse processo de pesquisar, obter resultados, construir e elaborar os produtos da pesquisa e, obviamente, a troca com o público que vai ter acesso a essas informações. E isso tudo vai acontecer na Feira”, enumera.

Ana Julia e Edilaine, que se interessaram em participar do projeto por conta da representatividade feminina, percebem a importância que a pesquisa tomou em suas vidas e que tem na sociedade como um todo.

“Foi com o projeto que descobri que sou uma pesquisadora e quero continuar sendo. A representatividade feminina é muito importante, inclusive nos meios educacionais. Saber que a nossa pesquisa pode contribuir para que essas autoras tenham mais visibilidade é muito importante pra mim”, aponta Ana Julia.

Para Edilaine, a iniciação científica irá gerar resultados positivos não só agora mas no futuro também.

“Aprendi a desenvolver pesquisa através do projeto e creio que ainda colherei muitos frutos dele. O apoio da professora Karina foi essencial para que eu entrasse nesse mundo da pesquisa e levarei isso até a faculdade, então vai ser de suma importância para minha vida acadêmica”, finaliza.

Quem desejar conhecer mais o projeto pode acessar a página oficial onde consta o mapeamento que é realizado das escritoras, ou o perfil no Instagram. O e-mail de contato é .

7ª FLIB - De 5 a 9 de julho, o evento reúne cerca de 40 escritores regionais, nomes da literatura nacional e músicos na Praça da Liberdade, no centro de Bonito, que será palco de oficinas, palestras e espetáculos gratuitos.

Além de apresentar o ‘Escritoras MS: um Percurso pela Escrita Feminina no Mato Grosso do Sul’ na mesa-redonda, as quatro estudantes do IFMS também atuarão como monitoras na FLIB, tendo a oportunidade de aprender mais sobre a organização de eventos literários.

Assistente de curadoria desde a 1ª edição da FLIB, a docente Karina também ministra, durante a programação da tarde desta quinta-feira, 6, a oficina 'Kokedamas e Haikais', propiciando um momento de integração entre a natureza, a cultura nipônica e a linguagem poética. Ainda, será mediadora da fala do escritor mato grossense Caio Ribeiro.

Também do IFMS, o professor do Campus Campo Grande, Flavio Rocha, participa da FLIB como mediador da fala do escritor e tradutor Daniel Galera a respeito da voz contemporânea e a natureza, marcada para 20h de sábado, 8.

Mais informações sobre a programação da Feira podem ser acessadas no Instagram da FLIB.