O Campus Campo Grande do Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS) realizou a noite de quarta-feira, 6, a certificação de 20 estudantes concluintes dos cursos de Assistente em Administração e Informática Básica, ofertados pelo Programa Qualifica Mais Inclusão.

A cerimônia contou com a participação do diretor-geral Dejahyr Lopes, de professores dos cursos, bolsistas e também familiares dos estudantes. 

Os cursos do Qualifica Mais Inclusão tem como público-alvo, prioritariamente, pessoas com deficiência (auditiva, mobilidade reduzida permanente e autismo níveis 1 e 2), com ensino fundamental completo. O diretor-geral destacou a pluralidade dos concluintes, considerando que alguns deles já haviam sido estudantes da instituição e outros que tiveram a chance de conhecer o Campus.

"Muitas vezes a pessoa com deficiência é vista pela sociedade como incapaz, mas ao ofertar o curso, demonstramos que eles são capazes e podem concorrer a boas vagas de emprego, não necessitando se manter em subempregos", avaliou Jocimara Grillo.

"Ofertar cursos de qualificação profissional para este público é motivo de muita alegria e, por isso, espero que essa tenha sido a primeira de muitas outras ofertas do Qualifica Mais Inclusão", afirmou o diretor, que agradeceu ainda o apoio recebido.

"Agradeço a reitoria por ter acreditado e buscado recursos para que o projeto se concretizasse e também a todos os servidores que, de alguma forma, estiveram envolvidos na preparação ou execução do curso", concluiu.

As aulas do curso iniciaram ao final do mês de outubro e terminam nesta primeira semana de dezembro nos demais campi com oferta de cursos em Dourados, Ponta Porã e Três Lagoas. Os cursos tiveram carga horária de 50 horas/aula.

A qualificação profissional, com a respectiva certificação, pode auxiliar os concluintes para que as empresas vejam o seu potencial. É o que acredita a professora Jocimara Paiva Grillo, professora do curso de Assistente em Administração.

"Muitas vezes a pessoa com deficiência é vista pela sociedade como incapaz, mas ao ofertar o curso, demonstramos para os estudantes  e para toda a sociedade que eles são capazes e podem concorrer a boas vagas de emprego, não necessitando se manter em subempregos ou empregos em vagas que não os valorizam como pessoa", analisa a docente.

No caso do estudante Igor Moraes, concluinte do curso de Assistente em Administração, as oportunidades já começam a aparecer. Ele foi chamado para uma entrevista de emprego na Fundação Municipal do Trabalho (Funtrab).

"Quando recebi o contato perguntei: como? quem te deu meu contato? Então a atendente disse que foi o IFMS que indicou os concluintes e que eles haviam se interessado e que gostariam de fazer a entrevista", conta o estudante.

Segundo ele, a experiência durante o curso foi gratificante e ele espera poder fazer mais cursos na instituição, já reivindicando um curso de Informática para o público surdo. "Eu gostaria muito que outros cursos fossem oferecidos, como um curso de Informática aprofundado pois essa área é muito importante para nós, surdos, e também se relaciona com a área de Administração", disse o jovem.

Quando recebi o contato perguntei: como? quem te deu meu contato? Então a atendente disse que foi o IFMS que indicou os concluintes e que eles haviam se interessado e que gostariam de fazer a entrevista, disse Igor Moraes

"Foi minha primeira vez aqui no Campus então quando cheguei, fiquei maravilhado, desde o ambiente, os professores, a adaptação, a relação do curso com nosso dia-a-dia, as aulas nos laboratórios, e todas essas experiências irão nos auxiliar no mercado de trabalho. Com um certificado de 50 horas, temos mais chances de pleitear uma boa vaga", relatou.

Recursos - O recurso para a oferta dos cursos do Programa Qualifica Mais Inclusão foram obtidos junto à senadora Soraya Thronicke, que por meio de emenda parlamentar individual, que destinou os recursos necessários ao desenvolvimento do projeto, que foram aplicados em bolsas-auxílio, tanto para os servidores como para os estudantes matriculados.

O coordenador geral do Programa foi o professor Sidney Souza, do Campus Aquidauana, que foi auxiliado por coordenadores locais, além de docentes conteúdistas e docentes formadores, auxiliados por servidores que atuaram como intérpretes de Libras, assessores ou apoio administrativo.