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OBR 2018

IFMS é heptacampeão estadual em Olimpíada de Robótica

Pela primeira vez, Campus Naviraí conquista o prêmio de melhor equipe. Instituto foi vencedor em outras categorias da competição, realizada na semana passada, na Capital.
por Paulo Gomes publicado: 27/08/2018 18h02 última modificação: 28/08/2018 11h24
Com a colaboração de Laura Silveira, Cleyton Lutz
  • Equipe Kamikaze, do Campus Naviraí, foi a grande vencedora - Foto: Michele Nakazato

  • IFMS conquistou diversos prêmios na etapa estadual - Foto: Michele Nakazato

  • Nas arquibancadas, professores e equipes assistem desempenho dos competidores - Fotos: Ascom

  • Ygor e seu otimismo com o robô Boom - Fotos: Ascom

  • Robôs são construídos com kits Lego e materiais elaborados pelos estudantes - Fotos: Ascom

  • Robôs do IF marcaram presença nas pistas da OBR - Fotos: Ascom

  • Geovana e a expectativa para que o robô acerte a pista - Fotos: Ascom

  • A equipe de Aquidauana e seus rostos pintados para a batalha - Fotos: Ascom

  • Nove pistas diferentes desafiaram os competidores na OBR - Fotos: Ascom

  • OBR 2018 foi realizada no Albano Franco, em Campo Grande - Fotos: Ascom

  • Estudante realiza programação em robô para encarar a pista - Fotos: Ascom

Meses de treinamento, reuniões para definição de estratégias, rostos pintados para a "guerra". É hora da batalha entre os robôs. A etapa estadual da Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR), realizada em Campo Grande nos dias 23 e 24 de agosto, foi o cenário das disputas que envolvem conhecimento e dedicação. A competição reuniu cerca de 300 estudantes, de 71 escolas públicas e privadas de Mato Grosso do Sul.

Com 22 equipes e 79 estudantes concorrendo no nível 2 (categoria para o ensino médio), o Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS) esteve presente com a maior delegação no evento. Pela sétima vez consecutiva, a instituição conquistou a primeira colocação da competição. 

A vitória foi da equipe do Campus Naviraí, a "Kamikaze", formada pelos estudantes do curso técnico integrado em Informática para Internet Caio Wakatsuki, João Miranda, Pedro Custódio e Sergio Tanaka, sob orientação dos professores Danilo Mikucki e Maximilian Melo.

“Apesar de termos trabalhado duro, não nos considerávamos favoritos, então a vitória foi uma surpresa. O mérito é todo dos estudantes, que evoluíram bastante", ressaltou Danilo Mikucki,  um dos orientadores da equipe vencedora.

“Apesar de termos trabalhado duro, não nos considerávamos favoritos, então a vitória foi uma surpresa. O mérito é todo dos estudantes, que evoluíram bastante. A OBR contribui no aprendizado não só da robótica, mas também de programação, automação e trabalho em equipe", ressaltou Mikucki, docente da área de Redes de Computadores.

Foi a primeira vez que o prêmio máximo foi conquistado pelo Campus Naviraí. A "Kamikase" tinha conquistado a terceira colocação no ano passado, quando o Campus Ponta Porã venceu pela sexta vez consecutiva a etapa estadual. 

Mais prêmios - Equipes de outros campi do IFMS também se destacaram na OBR 2018. A "Nova Was", do Campus Nova Andradina, conquistou o terceiro lugar como melhor equipe da categoria nível médio.

“Na competição, os estudantes conseguem compreender a importância da teoria na prática. A teoria precisa estar bem fixada, senão a parte prática da competição não cumprirá seu intento. Isso aumenta a habilidade deles para a lógica de programação e a facilidade do entendimento de conceitos básicos por meio da visualização do emprego na robótica, além de melhorar o desempenho escolar deles", apontou o professor orientador da equipe, Fábio Oliveira.

A equipe "The West Lizards", de Coxim, foi vencedora do prêmio Inovação. O prêmio Robustez foi conquistado pelo time "Poison", de Dourados. Além disso, a atuação da equipe "Cetro" fez com que o Campus Ponta Porã fosse premiado como melhor escola pública da competição.

Participação - Além de Coxim, Dourados, Naviraí, Nova Andradina e Ponta Porã, também levaram equipes para competição os campi Aquidauana, Campo Grande, Corumbá e Jardim.

Por meio da Pró-Reitoria de Pesquisa, Inovação e Pós-Graduação (Propi), parte dos participantes do IFMS recebeu auxílio financeiro para despesas com transporte, alimentação e estadia. 

Durante a competição, os participantes do IFMS mostraram dedicação e expectativas quanto aos resultados.

“Na competição, os estudantes compreendem a importância da teoria na prática. Isso aumenta a habilidade para a lógica de programação e a facilidade do entendimento de conceitos básicos por meio da visualização do emprego na robótica", apontou o orientador da equipe, Fábio Oliveira.

Estudantes do Campus Aquidauana pintaram os rostos com as cores do Instituto Federal para colocar os robôs na pista. Apesar disso, Geovana Silva, 15, do curso técnico em Informática, se decepcionou com seu robô. “Fiquei triste porque ele não fez quase nada na pista. Estava quase chorando, mas não podia fazer nada”, lamentou.

Depois de programados e colocados na pista, os robôs não podem ser tocados. A vitória dos criadores fica, literalmente, nas mãos das criações.

No entanto, segundo Márcia Ferreira, uma das professoras orientadoras, o mais importante da olimpíada é o aprendizado. “O que vale é o trabalho em grupo, o desenvolvimento pessoal e de liderança, além do amadurecimento emocional”, explicou a docente.

A equipe de Dourados invocou a “força” da união para participar da competição e convocou os Gedais (com “G” mesmo). Mas esses personagens não têm nada a ver com os heróis de Star Wars. Neste caso, o nome é um acrônimo do Grupo de Pesquisa para Desenvolvimento de Aplicações Interativas (Gedai), formado pelos estudantes que estudam robótica.

O professor Jonison dos Santos, que acompanha a equipe na Capital, contou que o grupo montou um sistema de apoio. A troca de experiências entre os Gedis mais velhos e os mais novos é uma das estratégias de fortalecimento.

“Essa é nossa segunda participação na OBR. O que muitos participantes aprenderam na outra edição está sendo repassado aos que participam nesta edição. Como há a rotatividade dos estudantes, isso ajuda a manter um ciclo de aprendizado. Também fizemos minicursos e oficinas”, acrescentou Santos.

OBR – É uma olimpíada científica apoiada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), destinada a alunos de escolas públicas ou privadas do ensino fundamental, médio ou técnico em todo o Brasil.

O objetivo do evento é estimular os jovens a seguir carreiras científico-tecnológicas, identificar talentos e promover debates e atualizações no processo de ensino-aprendizagem brasileiro.

Os robôs, montados e programados pelos estudantes, precisam seguir uma trilha com obstáculos e desafios, entrar em salas e simular resgates de pessoas. Os alunos têm que aprender a trabalhar com componentes como sensores de luz, de toque e de distância. A pontuação é medida de acordo com o tempo levado para concluir o percurso de pista e o número de erros cometidos.

A etapa nacional da OBR 2018 será realizada de 6 a 9 de novembro, em João Pessoa (PB). A Propi apoiará a ida da equipe campeã da etapa estadual, a "Kamikaze". 

"A equipe está muito motivada e já começou a se preparar para a etapa nacional. A OBR contribui no aprendizado não só da robótica, mas também de programação, automação e trabalho em equipe. Os estudantes participantes evoluem também como pessoas. Já pensam em fazer graduação em áreas como engenharia e automação”, finalizou Mikucki.

Mais informações estão disponíveis na página oficial do evento.