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Três Lagoas

Projetos sobre leitura ajudam estudantes a escrever o primeiro livro

Professora do Campus Três Lagoas criou dois projetos de extensão que estão levando para crianças e adultos a possibilidade de aprender mais com a leitura em grupo
publicado: 23/08/2017 17h01 última modificação: 24/10/2017 13h50

As palavras que uma pessoa aprende permitem que ela amplie a sua visão de mundo. Com essa ideia em mente, uma professora do Campus Três Lagoas do Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS) criou dois projetos de extensão que estão levando para crianças e adultos a possibilidade de aprender mais com a leitura em grupo, além de propiciar que escrevam seus próprios livros com as reflexões e impressões sobre o aprendizado.

Michela de Souza, formada em letras, está abrindo novos horizontes literários de aproximadamente 100 pessoas com os projetos Leitura de Histórias – Por mais encantamento no mundo, voltados para jovens do ensino fundamental, e Clube da Leitura, para idosos.

A ação não é nova para ela. Em Paranaíba, a professora já fazia trabalho voluntário de leitura para crianças no município antes de mudar para Três Lagoas e assumir uma vaga no Instituto.

“Eu era voluntária na periferia. Quando eu vim para o IFMS, me organizei e, assim que consegui, comecei o projeto-piloto. Vou para as escolas e levo a leitura. Os participantes leem e ao final desenham ou escrevem as memórias dos encontros. No final do projeto, cada participante vai ter o seu livro, de mais ou menos quinze páginas, com lançamento e tudo. E até tarde de autógrafos”, explicou, entre sorrisos, a animada professora.

O projeto para o ensino fundamental está sendo desenvolvido com 49 crianças dos 1º e 2º anos da Escola Municipal Maria Eulália Vieira e com 32 estudantes do sexto ano da Escola Estadual Bom Jesus. Já o projeto com os idosos está sendo realizado com 20 participantes das atividades para a terceira idade desenvolvidas pelo Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação (Sinted) de Três Lagoas/Selvíria.

“A criança que participa aprende a ouvir, aumenta sua concentração, e você percebe, ao longo do ano, o desenvolvimento da escrita. Vemos que a letra vai melhorando ao longo do tempo. Já o pessoal da terceira idade exercita a memória e curte as trocas, as experiências entre todos”, completou.

Outro resultado importante destacado pela professora é que os estudantes começam a sentir vontade de ler e participar do projeto. Ela cita como exemplo a estudante Ana Vitória Messias, de 11 anos, “que em todos os encontros escolhe um texto para ler para os colegas”.

Todo o projeto de extensão é desenvolvido praticamente a custo zero. Michela é auxiliada pelo professor do Instituto Federal, Leandro Passos, mas também conta com a ajuda de voluntários externos. São parceiros ainda as secretarias estadual e municipal de Educação e o Sinted. A meta para o próximo ano é conseguir atender mais escolas e levar o Clube da Leitura para a periferia.

“Já fizemos campanha no Facebook e temos outras escolas pedindo. Eu preciso me organizar para conseguir voluntários”, explicou.

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