Pesquisa
IFMS conquista nove prêmios na edição virtual da Febrace
Estudantes enviaram vídeo e texto sobre os projetos e foram avaliados em webconferências - Fotos: Divulgação/Febrace
O Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS) conquistou nove premiações na 18ª edição da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace), realizada em ambiente virtual devido à pandemia do novo coronavírus (Covid-19). A organização do evento, que ocorreu entre 23 de março e 4 de abril, é da Universidade de São Paulo (USP).
Foram seis premiações nas categorias principais do evento, divididas por áreas do conhecimento, além de credenciamento para outras feiras científicas, certificados e menções honrosas.
Nesta edição, o IFMS apresentou 12 projetos desenvolvidos por estudantes e professores de oito campi.
Premiações - Com seis conquistas nas categorias principais da Febrace este ano, o IFMS acumula 95 prêmios desde o início da participação no evento.
"Considerando o cenário de incertezas, com a mudança repentina da apresentação presencial para a virtual, ainda assim o IFMS se destacou no cenário nacional da pesquisa", afirmou Pablo Salomão, diretor de Pesquisa do IFMS.
O diretor de Pesquisa do IFMS, Pablo Salomão, agradeceu a participação dos coordenadores de Pesquisa e Inovação dos campi, dos professores orientadores das pesquisas e, sobretudo, dos estudantes, "pelo empenho, dedicação e por acreditar que a pesquisa pode mudar o mundo".
"Avaliamos com bastante otimismo as nove premiações obtidas nesta edição da Febrace. Considerando o cenário de incertezas, com a mudança repentina da apresentação presencial para a virtual, ainda assim o IFMS novamente se destacou no cenário nacional da pesquisa", afirmou o diretor.
Nesta edição, uma das principais premiações do IFMS é do projeto "Lazer Inclusivo: tabuleiro de xadrez adaptado", do Campus Campo Grande, que conquistou a segunda colocação na categoria Ciências Humanas. A pesquisa é desenvolvida pelas estudantes Isabelle Araújo e Cíntia Andrade, com orientação de Célio Pinheiro e coorientação de Paulo Braga.
Para Isabelle, 18, egressa do curso técnico em Mecânica, a premiação foi recompensadora. "É muito gratificante participar de um evento como este e receber um prêmio ainda mais, pois sabemos o quanto nos esforçamos para chegarmos até aqui e para que tudo desse certo".
A jovem destaca que o evento possui importante função de divulgação científica no país. "Podemos apresentar nosso trabalho para pessoas do país inteiro e, de certa forma, contribuir para que a inclusão ganhe cada vez mais visibilidade, é de extrema importância para nós", explicou.
A segunda colocação também foi alcançada pelo IFMS na categoria Ciências Biológicas com o projeto "Obtenção de ácido cítrico a partir do resíduo do milho e do bagaço da cana por biotransformação", desenvolvido pelos estudantes Ana Carolina Silva e Evandro Oliveira, do Campus Coxim. Com orientação de Felicia Ito, a pesquisa ganhou ainda o prêmio destaque "Unidades da Federação".
Na categoria Ciências Agrárias, o IFMS ficou na terceira posição com o projeto "Qualidade de ovos de galinha submetidos a diferentes condições de armazenamento e tempo de estocagem utilizando imagem térmica". A pesquisa é desenvolvida no Campus Nova Andradina pela estudante Andressa Nóbrega, com orientação de Grazieli Suszek e coorientação de Fernando Conceição.
A terceira colocação foi obtida também pela estudante Ana Amorim, do Campus Aquidauana, que desenvolveu o projeto "Previsão de estudantes com risco de evasão utilizando técnicas de inteligência artificial", com orientação de Márcia Cristaldo e coorientação de Leandro de Jesus. O projeto conquistou, ainda, o Prêmio Marília Chaves Peixoto, concedido pelo Grupo de Estudos de Gênero da Poli-USP.
O projeto "Caracterização climática para o Mato Grosso do Sul utilizando o método de Thornthwaite (1948) e suas aplicações na agricultura", dos irmãos Pedro e João Lorençone, do Campus Naviraí, conquistou a quarta colocação na categoria Ciências Agrárias. O projeto é orientado por Lucas Aparecido e coorientado por José Moraes.
Na categoria Humanas, a quarta posição ficou com o projeto "Pequenos viajantes: um jogo para o auxílio no desenvolvimento da habilidade de escrita e leitura de crianças com dislexia", dos estudantes Renato Almeida e Rodrigo Silva, do Campus Ponta Porã. A orientação é de Esteic Batista e coorientação de Kenia Oliveira.
O projeto "Sistema automatizado de desinfecção de água" recebeu credencial para participação na 15ª Feira Nordestina de Ciência e Tecnologia (Fenecit), a ser realizada entre 15 e 19 de setembro, em Recife (PE). A pesquisa é desenvolvida pelos estudantes Pedro Macedo e João Felix, com orientação de Márcia Cristaldo e coorientação de Mayara Serejo.
Febrace - Na página do evento, ainda é possível conferir os vídeos sobre os projetos finalistas, além dos resultados oficiais, a cerimônia de premiação e outras informações.
A Febrace reúne trabalhos dos ensinos fundamental, médio e técnico de escolas públicas e privadas de todo o país, sendo realizada desde 2003 pela Escola Politécnica da USP, com objetivo de aproximar estudantes de nível médio da realidade das universidades, de forma a estimular a pesquisa científica.
Além de premiar os melhores projetos, a Febrace credencia trabalhos para participação em eventos internacionais, como a Feira Internacional de Ciências e Engenharia (INTEL Isef), realizada anualmente nos Estados Unidos.